Quando o paciente sofre fraturas na mão e no punho, devemos fazer uma série de avaliações precisas para definir o melhor tratamento.
Quando o paciente sofre fraturas na mão e no punho, devemos fazer uma série de avaliações precisas para definir o melhor tratamento.
Por exemplo, realizamos a avaliação dos desvios angulares da fratura, desvios rotacionais dos dedos, se a fratura acomete a articulação e se há tendões inseridos nos fragmentos que podem colaborar com a piora do desvio inicial durante o acompanhamento.
Além disso, influenciam na decisão as condições gerais do paciente, doenças associadas, membro acometido e expectativa funcional para aquele membro.
Por exemplo, um senhor de 95 anos que apresenta diversas comorbidades e sofre uma fratura cirúrgica no membro não dominante não deve passar pelo risco de um tratamento cirúrgico.
Isso porque a internação, anestesia, risco de infecção e dificuldade de cicatrização da pele podem ser muito prejudiciais a esse paciente.
Não é incomum um paciente realizar um tratamento com gesso que apresente um resultado ruim após a consolidação da fratura, com desvios rotacionais e/ou angulares e prejuízo da função do membro.
Ou ainda, pacientes que ficaram muito tempo imobilizados podem apresentar restrições importantes de mobilidade dos dedos por retrações capsulares e/ou ligamentares.
Dessa forma, indicamos o tratamento cirúrgico para corrigir tais complicações.
Existem uma série de opções de cirurgias que podemos realizar, a depender de cada caso.
Para favorecer a reabilitação e mobilidade precoces no pós-operatório imediato, é preferível utilizar métodos de estabilização da fratura que promovam melhor estabilidade (placas e parafusos).
Nesses casos, realizamos uma abertura para se observar diretamente a fratura, alinhar adequadamente e fixar de forma anatômica.
No entanto, quando isso não é possível, podemos realizar cirurgias fechadas, sem abrir a pele. Nestes casos, fazemos e fixação com fios ou hastes que promovem estabilidade relativa e necessitam de mais tempo para a reabilitação.
Dependendo do tipo e localização da fratura há a opção de realizar cirurgias abertas, por artroscopia de forma isolada, ou em conjunto.
Por exemplo, para as fraturas dos ossos do carpo ou intra articulares do punho podemos realizar a artroscopia.
No que se refere ao tempo do procedimento, normalmente, levamos uma média de 1 hora para realização da cirurgia.
No geral, o paciente recebe alta no mesmo dia do procedimento ou, no máximo, no dia seguinte.
Solicito o retorno precoce no consultório com 2 dias de pós-operatório, pois devo realizar a primeira troca de curativo pessoalmente.
Durante os primeiros dias, o paciente fará uso de medicações analgésicas, antibióticos e até anti-inflamatórios, quando necessário.
Além disso, a fisioterapia, e especialmente a reabilitação com um bom terapeuta ocupacional, serão fundamentais para o bom resultado final.
Quando se consegue uma boa estabilidade, realizamos a imobilização da mão somente nos primeiros dias para o conforto do paciente, mas indicamos as atividades de reabilitação o mais breve possível.
Por outro lado, nos casos em que se obtém uma estabilidade menor, a imobilização é parte fundamental do tratamento. Então, recomendamos mantê-la durante toda a cicatrização do osso, que leva em média 6 semanas.
Assim, após a consolidação adequada da fratura, o paciente pode utilizar a mão dentro dos limites funcionais e de dor que apresenta.
Caso você necessite corrigir alguma fratura na mão ou punho o ideal é que procure um ortopedista especialista no assunto.
Afinal, a função desempenhada pela mão é importantíssima para nosso dia a dia e um tratamento adequado pode devolver sua qualidade de vida.
Dr. Bruno Leme do Carmo CRMSP 152042 | RQE 78247/78248 - Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados.