Lesão por esforço repetitivo (LER): é possível prevenir?
A lesão por esforço repetitivo (LER) engloba um conjunto de condições que afetam o sistema musculoesquelético, quando submetido a sobrecarga.
Existem diversas condições que são resultantes do esforço repetitivo, por exemplo, dores nas costas, dores musculares, bursites, tendinites e epicondilites.
A ocorrência da LER é bastante comum e pode atingir qualquer pessoa ou faixa etária que realize atividades repetitivas.
Quais as possíveis causas da LER?
Diversas são as práticas que, se feitas sem o devido cuidado, podem desencadear estes problemas, por exemplo:
- Digitar no computador ou celular;
- Limpar a casa;
- Carregar pesos;
- Usar jogos eletrônicos;
- Fazer atividades manuais, como por exemplo, crochê e tricô.
No Brasil, a principal causa da LER está relacionada às condições no ambiente de trabalho.
No entanto, a lesão por esforço repetitivo nem sempre será consequência exclusiva das atividades laborais. Portanto, ela não deve ser entendida apenas como doença ocupacional.
Quais os sintomas mais comuns da lesão por esforço repetitivo?
Os sintomas irão variar conforme cada pessoa, a atividade praticada e a lesão sofrida.
No geral, o principal sintoma de uma LER são as dores após praticar determinada atividade, que melhoram com o repouso.
Inclusive, as dores tendem a aparecer quando o paciente inicia o movimento que a desencadeia.
Além disso, essas dores costumam aliviar com medicação, mas retornam ao final do efeito.
Outros sintomas associados são o inchaço, formigamentos e fraqueza na região.
Como é feito o diagnóstico da LER?
Normalmente, fazemos o diagnóstico em consultório através da anamnese adequada, aliada com um bom exame físico.
Poderemos também solicitar a realização de exames de imagem, como por exemplo, a ultrassonografia e ressonância magnética para avaliar os danos com maior precisão.
Tratamento da lesão por esforço repetitivo
O tratamento da LER vai variar com base em qual lesão o paciente tem.
No geral, interrompemos o estímulo doloroso pelo menos por um período. Então, pode ser que o paciente precise se afastar do trabalho temporariamente até que a lesão tenha melhorado.
Na grande maioria dos casos, o tratamento não será cirúrgico e poderá englobar:
- Uso de medicamentos;
- Fisioterapia;
- Imobilização;
- Reabilitação;
- Fortalecimento.
Além disso, é importante alongar e fortalecer a região de modo a evitar que os sintomas retornem.

Devemos também avaliar qual atividade desencadeou o problema e fazer as devidas adequações.
Existe alguma forma de prevenir estas lesões?
É possível prevenir a LER adotando algumas medidas.
Por exemplo, será importante evitar atividades repetitivas sem intervalos de descanso e alongamento.
Além disso, é preciso adequar o local de trabalho para evitar a postura inadequada.
Praticar atividade física regular garantindo o fortalecimento das regiões do corpo mais demandadas é também essencial para prevenir estas lesões.
Então, caso você sinta dores constantes relacionadas a alguma atividade, procure não se automedicar e postergar a ida ao médico.
O ideal é procurar um ortopedista especialista para te ajudar com o tratamento adequado!