Esta condição pode ser pré axial (lado radial - dedo polegar) ou pós axial (lado ulnar – dedo mínimo).
A polidactilia pós axial é mais comum em negros e ocorre na proporção de 1 a cada 143 nascidos vivos. Já a pré axial é mais comum em brancos, na proporção de 1:1139 nascidos vivos.
Estes dedos extras podem se apresentar incompletos, como um apêndice ligado ao corpo por pele, ou podem ser completamente formados, tendo ossos e articulações bem definidos.
Em grande parte dos casos, essa condição ocorre devido alterações nos genes transmitidos de pais para filhos, ou seja, é um problema genético e hereditário.
Além disso, pode ocorrer graças a alguma síndrome genética, como a síndrome de Down ou a síndrome de Greig, ou alterações na formação do feto durante a gravidez caso a mãe tenha diabetes ou outros problemas que demandem o uso de medicamentos.
O paciente que tem a polidactilia devido alguma síndrome genética poderá ter outros sintomas associados à síndrome.
Já a polidactilia em si pode gerar dificuldades no uso das mãos, mas os pacientes tendem a se adaptar funcionalmente bem à condição, além de problemas de autoestima.
O diagnóstico da polidactilia costuma acontecer ainda durante o pré-natal, pelo ultrassom morfológico.
Após o nascimento, esta não é uma condição que exige exames para ser diagnosticada, já que é visível.
Todavia, podemos solicitar um exame complementar para avaliar como é a estrutura do dedo extra, ou seja, se possui ossos, nervos e como são as articulações.
Em linhas gerais, o dedo extra não gera nenhum malefício para a saúde do paciente. No entanto, sempre que possível, indicamos a retirada cirúrgica do dedo nos primeiros anos de vida.
A cirurgia vai depender do tipo da polidactilia. Por exemplo, se a condição acomete somente tecidos, como pele, vasos e nervos, será mais simples do que quando ela acomete também o esqueleto.
No geral, a internação dura um dia e submetemos o paciente à anestesia geral. Além disso, os cuidados pós-operatórios envolvem as trocas de curativo e cuidados com a ferida.
Na maioria dos casos, a criança costuma se recuperar muito bem, sem necessidade de reabilitação.
Então, o mais importante será contar com um ortopedista especialista em mão para fazer o diagnóstico preciso e realizar a cirurgia de forma a garantir o melhor resultado possível.
Dr. Bruno Leme do Carmo CRMSP 152042 | RQE 78247/78248 - Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados.